quarta-feira, 10 de julho de 2013

BRT NO RIO: UM CORREDOR BURRO, UM BLEFE DAS EMPRESAS DE ÔNIBUS! "PARCERIA" DA PREFEITURA DO RIO?


1. Durante muito tempo, as empresas de ônibus do Rio, em sua matéria mensal paga nos jornais, elogiavam a alternativa de implantação do BTR no Rio. O ex-prefeito questionou a opção BRT da forma que era apresentada. As empresas ofereceram uma forte redução das linhas infra-bairros. O ex-prefeito pagou para ver. As empresas desistiram da forte redução intra-bairros.

2. O BRT prometia que tinha origem no Ligeirinho ou Metrô sobre Rodas de Jaime Lerner, inicialmente implantado em Curitiba. O ex-prefeito convidou Lerner e as empresas de ônibus para tratar do Metrô sobre Rodas no Rio. Concordou em desenhar os corredores, etc. Semanas depois, Jaime Lerner informou ao ex-prefeito que as empresas de ônibus estavam enrolando e não queriam nada.

3. Quando o atual prefeito do Rio anunciou o BRT no trajeto Santa Cruz-Barra da Tijuca, muitos pensaram que era para valer, como o de Curitiba. Ilusão treda.

4. O Metrô sobre rodas, na forma em que foi implantado em Curitiba, obedece a lógica do Metrô, uma vez, que em cada estação, o passageiro pode pegar o ônibus quer quiser, no período que entender e seguir num próximo ônibus para outro destino sem precisar comprar um novo bilhete.
          
5. No caso do Rio, o BRT é um corredor linear sem nenhuma conexão com qualquer linha de ônibus. Um corredor burro. As estações só servem para entrar ou descer e não para integrar com outras linhas como um metrô. Na estação inicial se leva linhas para abastecê-lo, no lugar das linhas anteriores, muito mais flexíveis.
          
6. Com isso, os passageiros pagam mais, pois tem que sair do BRT no ponto final ou em qualquer estação e pegar outro ônibus, onde conseguir. As linhas de ônibus de trajetos flexíveis, concorrentes, são eliminadas. E o lucro das empresas de ônibus aumenta, pois aumenta o IPK - índice de passageiros por km, fator decisivo no calculo da viabilidade e lucratividade de uma linha.
           
7. As aglomerações no BRT nos horários de rush são provas disso. E, agora, a prefeitura do Rio promete outros, sempre na mesma lógica da linha única e burra, ou melhor, lucrativa para as empresas e onerosa para os passageiros. Uma "parceria" contra o usuário. O projeto Lerner está nas gavetas da prefeitura. É só pedir. Se esconderam, se encontra no escritório de Lerner.

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