quarta-feira, 3 de julho de 2013

EIKE BATISTA E ANP: O QUE HOUVE, AFINAL?

     
(Coluna Miriam Leitão – Globo, 02) 1. Há muito a explicar neste caso do colapso do campo de Tubarão Azul, do grupo OGX. Em maio do ano passado, a empresa fez junto à Agência Nacional de Petróleo a "declaração de comercialidade" do campo. Se era comercial há um ano, como é possível que agora se descubra "que não há tecnologia capaz de viabilizar economicamente qualquer investimento adicional"?
      
2. O mais espantoso é que os poços de Tubarão Tigre, Tubarão Gato, Tubarão Areia tiveram suas declarações de comercialidade protocolada na ANP em março deste ano. E, subitamente, todos são inviáveis. Sobre Tubarão Azul, o único do qual estava extraindo petróleo, a empresa chegou a prever que ele iria produzir 50 mil barris/dia. Agora, de repente, "não há tecnologia capaz" e o campo pode parar de dar petróleo no ano que vem. Uma reviravolta espantosa.
       
3. Para se ter uma ideia, em junho de 2012, a empresa informou, segundo a Reuters, que estava confiante de que poderia extrair de 110 milhões a 150 milhões de barris do campo de Tubarão Azul. Em entrevista, o principal executivo da OGX disse que Tubarão Azul poderia extrair de 40 mil a 50 mil banis/dia. E isso tinha sido resultado de cinco meses de testes. Depois, foram feitas previsões de 20 mil. Quando as previsões encolheram para 5 mil barris/dia, foi trocado o presidente da empresa.

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