sábado, 12 de outubro de 2013
O GOVERNADOR, O PREFEITO DO RIO, A POLÍCIA E AS RESPONSABILIDADES PELA REPRESSÃO!
1. A repressão aos professores, na terça-feira passada (02/10), foi um ponto numa série de conflitos com os que protestam, que vem desde junho. Teve o mesmo desdobramento por parte das autoridades: silêncio e denúncia dos violentos, na verdade uns poucos. Num mundo em que cada celular é uma câmera, em seguida vêm os vídeos e as fotos, mostrando que a violência organizada de fato, ou o que está se chamando de “vandalismo de estado”, vem de quem reprime.
2. Mas nenhuma autoridade –seja governador, prefeito ou secretário de segurança- abre uma coletiva de imprensa para tratar do tema, explicar... Claro, quando vêm os flagrantes, mandam deter os policiais responsáveis como se a ponta da linha das ações pudesse caracterizar a responsabilidade efetiva pelos fatos.
3. Sempre que há uma manifestação com previsão de aglomeração e risco de enfrentamento, as autoridades policiais reúnem-se com o governador e/ou com o prefeito para definir de que forma enfrentarão os protestos. É sempre assim. Para não falar da Guarda Municipal. O prefeito tem poder de convocar a polícia para garantir o patrimônio e a ordem públicos. Tanto é assim que a PM foi convocada pelo presidente da Câmara para retirada dos ocupantes. As ações dentro da Câmara, com vídeo conhecido, foram de responsabilidade assumida através da PM. Diga-se de passagem, tiveram uma taxa de excessos muitíssimo menor do que ocorreu fora da Câmara.
4. A polícia não atua de forma autônoma nem o secretário de segurança o faz. Pode-se admitir que na primeira vez a supressa pudesse ter levado a uma mobilização autônoma da polícia. Mas isso foi há mais de três meses. Daí para frente o comando da polícia e o secretário de segurança têm –e certamente o fizeram- que decidir com o governador e o prefeito de que forma atuarão na manifestação. O cerco militar à Câmara Municipal no dia da votação da lei de educação de interesse do prefeito certamente teve a participação deste na definição do mesmo: escolha do dia e a forma de realizar a votação com o plenário vazio e o entorno militarizado com quase mil homens. E o governador certamente foi ouvido sobre a decisão a ser tomada.
5. Quando a prefeitura faz blitz que chama de choque de ordem não convoca a PM? Até para cobrar multa do lixo o faz.
6. O silêncio posterior e a transferência de responsabilidades apenas para a polícia, ou é omissão ou é covardia..., ou é mentira.
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