segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
TRÁFEGO: TEMPO DOS VEÍCULOS E TEMPO DAS PESSOAS!
1. A prefeitura do Rio executa neste momento uma mudança radical em sua principal avenida. Por isso, em sua inauguração se chamava Avenida Central, depois Rio Branco. Ela foi e continua sendo, a principal artéria de distribuição das pessoas que vêm de outros bairros para exercer suas atividades, sejam elas de trabalho, de contato, de entretenimento, de serviços, etc., no Centro do Rio.
2. É essa função de distribuição das pessoas que explica o nome Centro, já que essa região está longe de ser o Centro geográfico da cidade. As ruas não são feitas para distribuir veículos, mas pessoas. Para isso, as pessoas usam veículos para a sua mobilidade sempre que a atividade está afastada do local de residência?
3. Os veículos que as pessoas usam para seu deslocamento até o centro e de lá até seus bairros é produto da própria vida da cidade e de seu entorno metropolitano e não metropolitano, da renda das pessoas, das intervenções públicas na área e dos avanços na área de transportes.
4. Como os veículos são os mais visíveis, às vezes, os governos se esquecem de que são apenas portadores de pessoas, com suas necessidades. E se fixam no fluxo deles, anotando velocidades em fluxo, etc. É o caso da atual prefeitura do Rio.
5. A radical mudança da Avenida Rio Branco, que se realiza, com dupla mão, exclusiva a ônibus e taxis, afeta não os veículos que podem e não podem circular. Afetam a vida de milhões de pessoas que terão que mudar seus hábitos. Esses hábitos foram desenvolvidos através do tempo e, por racionalidade econômica, definiram o que e como as pessoas tomaram as suas decisões, dentro das suas possibilidades e da oferta -pública e privada- de veículos.
6. Essa mudança de reversão da Avenida Rio Branco é, na verdade, a reversão de hábitos que as pessoas desenvolveram para maximizar suas funções. Ou seja, essa reversão afetará a racionalidade econômica das pessoas, hábitos e, portanto, o tempo das pessoas.
7. Ou seja, obrigatoriamente, milhões de pessoas serão afetadas e reagirão rejeitando os responsáveis por esta medida, na medida em que sua vida e o tempo que programavam para seus deslocamentos estarão afetados e necessariamente agravados.
8. O prefeito cinicamente diz: Usem transporte público! Quais? A maioria das pessoas não vive na porta dos grandes eixos. O Transporte Público está sobrecarregado. O que farão as pessoas? A população descobriu agora que quem governa a cidade é Maria Antonieta: Não tem pão? Comam brioches. Deu no que deu, lá. E dará..., aqui.
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