O PIB cresceu 0,2%
Quais os bons e os maus sinais desse índice?
O setor que mais tem peso no Produto Interno Bruto é o consumo das famílias, que avança praticamente sozinho e garante pequeno crescimento no segundo trimestre de 2017. A economia brasileira cresceu 0,2% no segundo trimestre de 2017 na comparação com o resultado dos primeiros três meses do ano. Após dois anos de recessão, este é o segundo crescimento consecutivo do PIB (Produto Interno Bruto), divulgado nesta sexta-feira (1) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em um quadro de grave recessão em que a economia encolheu seguidamente, é a primeira vez em 12 trimestres que há uma alta como essa. Ou seja, desde o início de 2014 o país não tinha crescimento na economia em relação ao ano anterior.
No primeiro trimestre o crescimento de 1% havia acontecido graças ao agronegócio e a uma supersafra. Agora o resultado positivo veio porque as famílias passaram a consumir mais e, consequentemente, o comércio e os serviços faturaram mais.
O país ainda vive situação complicada na economia, mas o desemprego tem diminuído, a inflação é a mais baixa em mais de uma década e a taxa de juros foi reduzida. Tudo isso faz aumentar a confiança do consumidor e favorece as compras. Houve ainda, principalmente durante o segundo trimestre, o impacto da liberação do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). Foram cerca de R$ 44 bilhões injetados na economia principalmente para pagar dívidas e aumentar o consumo. A soma desses fatores resultou no primeiro crescimento do consumo das famílias em dez trimestres.
O PIB cresceu em relação a um dado anterior ruim, mas a melhora coloca o país no mesmo patamar de um ano atrás. A trajetória de queda prolongada e profunda pesa negativamente em outras comparações. Isso significa que há uma melhora recente, mas que ainda não é suficiente para recuperar o que foi perdido. Ainda estamos longe do nível de antes da crise.
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