O Rio no Pronto-Socorro
O presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremerj), Nelson Nahon, afirmou que o Rio de Janeiro vive atualmente "um estado de calamidade pública na saúde". Segundo ele, se não houver investimentos financeiros em caráter de urgência, todo o sistema de saúde poderá entrar em colapso.
Nahon destacou que os profissionais da saúde estão trabalhando sob intensos níveis de estresse por causa da precariedade das unidades médicas. Enfatizou, porém, que os pacientes são os mais prejudicados pela crise na área da saúde.
"A população está totalmente desassistida nesse momento no Rio de Janeiro correndo um risco sério de sequelas graves em sua saúde e até de morte por falta de atenção", afirmou o presidente do Cremerj.
A situação no Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, é de penúria. A unidade está sem segurança. Isso porque os vigilantes pararam de trabalhar porque não estavam sem receber salário desde o início do ano. A prefeitura não estaria fazendo os repasses a empresa que presta o serviço. O pessoal da cozinha também está sem receber.
Além da vigilância, o Lourenço Jorge também sofre com a falta de insumos básicos, como papel higiênico, papel toalha, álcool e material cirúrgico. Além disso, faltam maqueiros. São os acompanhantes dos pacientes que estão fazendo o trabalho de conduzir as macas pelos corredores da unidade.
Situação semelhante se repete em outros hospitais do município. Uma funcionária da maternidade Alexandre Fleming, em Marechal Hermers, por exemplo, disse que também faltam insumos e vigilantes por lá. "O pessoal tá sendo assaltado na porta da unidade", contou. No Hospital Salgado Filho, no Meier, também há queixas sobre falta de vigilância. E no Souza Aguiar, no Centro, a unidade coronariana pode fechar por falta de médicos, luvas e gazes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário