sábado, 21 de outubro de 2017

PENSANDO O PAÍS


Os fatos recentes, vividos no Brasil, colocaram o país em uma crise sem precedentes e de consequências ainda incertas. 

Nos últimos dois anos, o Brasil viveu o impeachment de uma presidente e acusações que colocam sob risco a permanência do seu sucessor. Por aqui, viu-se o vazamento de escutas telefônicas e de depoimentos que incriminam diferentes figuras do sistema político nacional, bem como a abertura de inquéritos e de ações penais contra grande parte dos ocupantes das cadeiras do Congresso Nacional. Tivemos também a prisão de um senador, de um presidente da Câmara dos Deputados, de ministros do Executivo, além de empresários de alto escalão das maiores companhias do país.

Ao cenário catastrófico dos ambientes do poder, soma-se um país dividido: o povo, nas ruas, sob bandeiras diversas manifesta-se, mas também se ataca.

Dificilmente, um momento de crise, a exemplo do qual passamos, teria seus efeitos limitados a uma crise, assim, no singular. Uma crise desta dimensão tem causas múltiplas e múltiplos também são seus efeitos: em diversos setores do país, nas relações com outros países, nas relações pessoais, em cada indivíduo. Crises políticas também desestabilizam a vida nas cidades.

O fim de uma convergência entre estabilidade monetária e do chamado “contrato social” da Constituição de 1988 seria mais uma razão para a atual crise. Foi sobre ela que a classe política brasileira, sob o presidencialismo de coalizão alternado sobretudo entre PSDB e PT, se guiou garantindo redução da pobreza e, até alguns anos, estabilidade econômica. 

A crise brasileira, no entanto, gerou consequências na agenda de política urbana, que vinha, até então, somando ganhos. Exibindo um aspecto da crise que deixa claro o clima de extrema hostilidade na relação entre Executivo e Legislativo. Sem consenso, o futuro político no Brasil é incerto.

Defendo que o Brasil adote um “senso de urgência” para avançar com políticas, que envolvam mercado e universidades, com foco em ciência, tecnologia e inovação. O bom direcionamento nesse sentido também se perdeu com a crise econômica. O desenvolvimento dessa área é o que poderá garantir uma “elevação do patamar de impacto na economia e na sociedade”.

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