BLOG ARTHUR DA COSTA
domingo, 17 de junho de 2018
CAIS DO VALONGO É O ÚTERO DO PAÍS
As obras do último trecho do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) no Centro vão ajudar a desenterrar mais um pedaço da história do Rio de Janeiro. Previsto para sair da Central do Brasil e atravessar a Avenida Marechal Floriano em direção à Avenida Rio Branco, a nova linha passará por cima de um sítio arqueológico do século XVIII, que pode ser o Cemitério de Pretos Novos do Largo de Santa Rita, construído em frente à igreja de Santa Rita. A descoberta fez as obra do VLT ficarem parada cinco meses, aguardando liberação dos órgão de proteção ao patrimônio. Segundo historiadores, um cemitério funcionou ali entre 1722 e 1769, quando o mercado de escravos foi transferido da área urbanizada da cidade para a região do Valongo. Aquele teria sido o primeiro local da cidade de sepultamento de pretos novos (africanos mortos na chegada ou durante a viagem de navio até o Rio), antes mesmo do cemitério da Rua Pedro Ernesto, na Gamboa, descoberto na década de 1996, que funcionou entre 1779 e 1830.
Com cerca de 1 quilômetro de extensão, o traçado da nova linha (Central-Santos Dumont) vai percorrer toda a Rua Marechal Floriano, que no passado era a Rua Larga, com três novas estações. Como se trata de uma área de potencial arqueológico, o Consórcio VLT contratou uma empresa especializada, a Artefato, para realizar sondagens e pesquisas na área. De acordo com o "Relatório de avaliação de impacto ao patrimônio arqueológico e histórico na área de implantação do sistema de VLT" apresentado pela empresa de arqueologia ao Iphan, na região foram identificados três sítios, o mais importante é o do Largo de Santa Rita. Os outros dois, da Igreja São Joaquim (derrubada nas reformas de Pereira Passos, no início do século XX) e Caminho Largo (antiga Rua Larga de São Joaquim), poderão trazer informações sobre a história de ocupação da Avenida Marechal Floriano. A intervenção faz parte do Projeto Porto Maravilha, iniciado 2011, que revelou dezenas de sítios arqueológicos no Centro histórico da cidade nos últimos anos, entre eles, o Cais do Valongo, que foi declarado Patrimônio da Humanidade ano passado.
A Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp), gestora da prefeitura na Operação Urbana Consorciada Porto Maravilha, diz que a existência do cemitério ainda está sendo pesquisada: "Em sua última fase de implantação na Avenida Marechal Floriano, o trecho passará por pesquisa arqueológica como determina a legislação para melhor compreender o sítio arqueológico que se supõe que exista no Largo de Santa Rita, hoje ainda no campo da especulação.", diz a nota da Cdurp. Alguns historiadores, como Nireu Cavalcanti, acreditam que o cemitério pertenceu à igreja e recebeu paroquianos ou integrantes da irmandade de Santa Rita.
Os arqueólogos que trabalharam nas pesquisas iniciais seguem a tese de que ali existiu o primeiro cemitério de pretos novos do Rio. No relatório apresentado ao Iphan, a empresa Artefato explica que "durante o governo de Aires de Saldanha e por ordem do Rei, em 1722, foi implantado o Cemitério dos Pretos Novos no terreno em frente à Igreja de Santa Rita. A escolha não foi aleatória, pois na época a região ficava longe do perímetro urbano da cidade e o acesso para o translado dos corpos seguiria pelo caminho retilíneo da Rua Direita até o Largo". De acordo com o documento, o cemitério "ficou ativo até 1769, quando o vice-rei Marques do Lavradio transferiu o mercado de escravos da rua Direita e o cemitério para o Valongo."
Nas sondagens no Largo de Santa Rita, foram achado fragmentos de ossos humanos (entre maxilar, mandíbula, falange, tíbia, vértebra, crânio e 48 dentes) e pedaços de faiança, porcelana, vidro e cerâmica, três cachimbos. Também foram encontradas uma estrutura de alvenaria em rochas. Além dos ossos achados nos pontos de sondagens, a equipe ouviu de pessoas da região relatos de que em outros dois pontos da área onde já foram achados ossos humanos durante escavações para obras públicas. A partir destes dados, de informações históricas e do cruzamentos cartográficos, a equipe de arqueologia desenhou um polígono de delimitação do antigo cemitério. A proposta da equipe de pesquisa, coordenada pela arqueóloga Maria Dulce Gaspar, e apresentada ao Iphan, é recolher algumas amostras do material encontrado e fazer uma demarcação do piso, com um material ou cor diferente, para que ao andar pela rua os cariocas saibam que estão pisando num sítio histórico. A área seria fechada e os trilhos seriam implantados por cima. Procurado pelo Globo, o Iphan informou que irá aguardar o término da pesquisa para se pronunciar sobre o sítio.
O arquiteto e historiador João Carlos Nara Junior já escreveu um livro sobre a Igreja de Santa Rita e tem se dedicado a pesquisar a história deste cemitério. Ele acredita que o lugar era utilizado para enterro de escravos que chegavam à cidade na época em que o comércio escravagista ocorria na área urbanizada do Rio. Segundo ele, não há informações sobre as dimensões, nem a quantidade de pessoas enterradas lá. E as escavações podem esclarecer a localização do cemitério.
- Podemos dizer que ele ficou em funcionamento por 50 anos, até que todo o complexo escravagista foi transferido do Valverde para o Valongo. Mas não podemos esquecer que aquele terreno foi muito mexido: em 1839 foi feito um chafariz no local, que depois foi trocado por uma fonte. E em 1904, vieram as obras de Pereira Passos. Acredito que poderão encontrar fragmentos, mas não o cemitério inteiro - diz ele que está escrevendo uma tese de doutorado sobre o Cemitério dos Pretos Novos do Largo de Santa Rita.
Em seu artigo "Controle sanitário dos negros novos no Valongo", o historiador Cláudio Honorato cita a existência do cemitério: "Até 1722 os africanos e seus descendentes eram enterrados em um pequeno cemitério no Morro do Castelo aos fundos do hospital da Santa Casa da Misericórdia, entretanto o pequeno cemitério já não comportava mais o número crescente de enterros devido o aumento constante tráfico negreiro. Para solucionar esta questão foi construído no Largo da Igreja de Santa Rita um cemitério para os pretos novos, por ordem do governador do Rio de Janeiro, Ayres de Saldanha de Albuquerque Coutinho Matos e Noronha. A administração do cemitério foi dada a cargo do padre de Santa Rita, encarregado de lavrar os óbitos e de cuidar dos sepultamentos".
Para integrantes do movimento negro, o local é sagrado, já que estariam sepultados negros escravizados, e deve ser tratado com respeito.
- Antes de começar a obra a concessionária deveria apresentar e discutir com o movimento o que será feito ali para marcar a existência do cemitério. Estamos querendo conversar com representantes da prefeitura para chegarmos a um acordo, se não formos ouvidos, vamos procurar a Justiça - avisa Luiz Eduardo Oliveira Negrogun, presidente do Conselho Estadual dos Direitos do Negro (Cedine).
O TEMPO DO BRASIL
Hoje, quando o ponteiro do relógio marcou 15h, horário de Brasília, a seleção entrou em campo em Rostov-onDon, cidade russa de 1,1 milhão de habitantes, em partida contra a Suíça, começando um novo ciclo astral em que a cada quatro anos, período entre duas Copas do Mundo, o planeta perde-se em sessões macunaímicas de futebol, onde o Brasil reina pela sua mestiçagem e ginga singular, verdadeiro povo novo que é sobre a face da Terra.
Falamos sobre ponteiro, mas a hora certa oficial do país é organizada em função de um horário internacional, vinculado a um fuso específico, referencial, onde ficam as ilhas britânicas, Portugal, o Arquipélago da Madeira e países setentrionais-ocidentais do continente africano, em linha que passa por Marrocos, Mali, até entrar em parte do Benim e seguir ao Polo Sul.
Esse fuso central, que firma os outros 23, dividindo o globo terrestre em 24 ângulos de 15 graus, organiza os tempos civis do mundo e é chamado UTC, ou Universal Time Coordinated, ou Tempo Universal Coordenado, ocupando Brasília a posição ocidental a três fusos de distância deste, portanto o tempo oficial do Brasil é o UTC -3, ou seja, quando são 12h no UTC zero, aqui são 9h.
Antes era chamado de Tempo Médio de Greenwich, ou Greenwich Mean Time, ou GMT, cuja referência, o meridiano de mesmo nome, separando Ocidente do Oriente, na divisão do mundo pelo Império Britânico, pois tempo também é uma escala político-ideológica. Assim, abandonou o protetorado da monarquia e seu tempo regulado astronomicamente, e passamos a ficar organizados em função da pulsação atômica de relógios baseados em césio.
A divisão do planeta em faixas de 15 graus significam, na linha do Equador, largura de cerca de 1.667 quilômetros. Nas latitudes mais elevadas, essas larguras se reduzem por causa da circunferência do planeta, e, assim, os fusos são mais estreitos quanto mais próximos dos polos, portanto os horários diferentes também mais próximos. Na latitude de Moscou, 55º Norte, em cerca de 1.069 quilômetros muda-se de hora, numa economia de 598 quilômetros em relação à linha imaginária que divide a Terra entre Norte e Sul.
As divisões dos horários são seguem a simples geometria euclidiana, mas também fatores geográficos e políticos. Também podemos compreender a largura das dimensões brasileiras e a decisão política de colocar as regiões costeiras, onde se concentra a população dentro do horário do planalto central, organizando o país em quase dois fusos horários não fosse o arquipélago de Fernando de Noronha e o Acre, que têm fusos dedicados, totalizando quatro.
Mas, se horário é uma abstração, tempo é o recurso mais valioso que há, contudo jogamos com ele de forma jocosa, como fazemos com a bola, mas desta vez estamos dentro dela.
Apenas o Rio de Janeiro concluiu as obras de mobilidade previstas como legado da Copa do Mundo do Brasil a tempo para o evento em 2014, quando terminou a Transcarioca. Todas as outras 11 cidades-sedes não entregaram no prazo soluções que deveriam poupar tempo de vida das pessoas nas aglomerações urbanas do país. Mesmo com a assinatura da Matriz de Responsabilidade da Copa pelos prefeitos dessas capitais ainda em 2010, até hoje, passados oito anos, os projetos não foram concluídos. São Paulo, Salvador, Belo Horizonte e Curitiba estão mais próximas da conclusão com previsão para o primeiro semestre de 2019. Já Manaus, Cuiabá, Fortaleza, Brasília, Recife, Porto Alegre e Natal estão com obras atrasadíssimas ou até mesmo abandonadas. O caso do VLT da capital do Mato Grosso é famoso com seu custo bilionário, e sequer chegou à metade do desenvolvimento.
Não podemos esquecer que, com o objetivo de "acelerar" as obras para a Copa, o governo federal fez o Regime Diferenciado de Contratação, em 2011, ou há sete anos, para permitir que as obras incorporassem e controlassem as etapas de estudos e projetos técnicos, numa visão falaciosa de que a construção, ao dominar o planejamento, acelera a realização. Empreiteiras gostaram. Políticos municiais e estaduais, responsáveis pelas licitações e fiscalizações, gostaram.
A "Copa das Copas" prometia ser um sucesso. Foi o que foi. E as prisões hoje estão cheias de relógios caros, e os brasileiros nas principais regiões metropolitanas continuam a experimentar fusos horários infinitos para ir da casa para o trabalho e para retornar, não tendo tempo de vida para estudar, namorar, ir ao teatro, ao cinema, ler, beijar os filhos ou empreender. Também estão em prisões junto com seus algozes, mas alguns deles contam com o gozo de tornozeleiras eletrônicas e TVs de muitas polegadas.
Que nossa seleção saia vitoriosa nesta Copa e sempre, até o final, e ganhe o caneco, para que a alegria do futebol contagie a todos, mas especialmente aqueles que mais sofrem, fazendo o tempo menor, parado no ar com o grito, e os inspire para vencer as dificuldades. E, se não der o hexa, haverá ainda este ano outra oportunidade de ganhar tempo, votando bem e se lembrando de quatro anos atrás e daqueles que não entregaram o prometido.
EM PAUTA, A SUSTENTÁVEL BELEZA DE UMA CIDADE
Recuperar 500 praças, reduzir em 20% as emissões de gases do efeito estufa, aumentar para 13% o volume de resíduos separados para reciclagem e compostagem. Tudo isso até 2020. Essas são algumas das 35 metas traçadas pela prefeitura do Rio para proporcionar mais bem estar à cidade.
As ações fazem parte de um plano estratégico baseado nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) listados pela Organização das Nações Unidas (ONU), que são diretrizes para a construção de um mundo melhor até 2030. Para especialistas, a capital fluminense tem potencial para vencer os desafios, apesar de problemas crônicos. Enquanto isso, apostas em iniciativas da sociedade ganham força.
Sustentabilidade é um dos temas que serão debatidos no "Reage, Rio!", seminário promovido pelo O GLOBO e pelo "Extra", com patrocínio da Oi e apoio institucional da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. O evento acontecerá quarta-feira, a partir das 9h30m, no Oito - Espaço de Inovação, na Rua Visconde de Pirajá 54, em Ipanema. Inscrições podem ser feitas gratuitamente pelo site reagerio.com (mas há limite de vagas).
Para Marina Grossi, economista e presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, o Rio tem características que reforçam seu potencial para desenvolver ações de sustentabilidade.
- A cidade tem belezas naturais, expressividade artística e um perfil acolhedor, além de dinamismo para novos negócios, especialmente aqueles ligados aos setores de energia e turismo. Temos um caminho bastante interessante para trilhar em todas essas frentes, seja no turismo responsável, conectado às melhores práticas socioambientais, seja explorando novos caminhos em relação à energia e à integração entre diversos modais - destaca Marina.
ENERGIA SOLAR É FOCO DE AÇÃO
Dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável listados pela ONU, oito têm relação direta com o meio ambiente e o urbanismo. A lista de metas da prefeitura abrange essas áreas e inclui outras. O plano do município foi baseado em promessas de campanha do prefeito Marcelo Crivella, e um segundo documento, com visão para 2050, deverá ser elaborado.
A prefeitura informa que vem monitorando de forma contínua os esforços para o cumprimento as metas, mas observa que há um entrave para a realização das ações. "A entrada tardia do município na crise econômica justifica, em parte, a demora para sair desta situação, em comparação com outros entes federativos que já mostram sinais de recuperação", informa, em nota, a Subsecretaria de Planejamento e Acompanhamento de Resultados.
Já a Secretaria de Conservação e Meio Ambiente enumera ações para o cumprimento de metas. Para reduzir os gases do efeito estufa, por exemplo, tem feito a manutenção de 2.688,38 hectares de áreas reflorestadas. A pasta também destacou o lançamento do programa Rio Solar, cujo objetivo é estimular a adoção de fontes sustentáveis de energia em residências cariocas, em fase de estudo.
Para Izabella Teixeira, copresidente do Painel Internacional de Recursos da ONU e ex-ministra do Meio Ambiente, o Rio ainda não explorou plenamente seu potencial de sustentabilidade.
- O Rio sediou as duas principais conferências de desenvolvimento sustentável do planeta, a Rio 92 e a Rio+20, mas, infelizmente, não segue uma tendência mundial. Poderia ter um protagonismo em eficiência e estar pautando cidades de todo o mundo, liderando as agendas de bem-estar e mobilidade urbana - afirma Izabella, acrescentando que muitas ações não partem de governos. - Vejo a sociedade civil se mobilizando, ainda faltam políticas das autoridades regionais.
Em operação desde o ano 2000, o Centro de Reciclagem Rio (CRR) é uma das organizações que buscam fazer a diferença. Baseado em Barros Filho e com quatro filiais na Região Metropolitana, o CRR recicla cerca de 30 mil toneladas de resíduos por mês. Cátia Miranda, gerente da unidade do Santo Cristo, conta que a maior parte do material trabalhado é entregue por bancos e supermercados. Para ela, muitos cariocas ainda desconhecem os benefícios dessa atividade:
- Em primeiro lugar, a reciclagem representa um resgate do meio ambiente. Em segundo, incentiva uma gestão social que transforma a vida de pessoas à margem da sociedade. Em terceiro, gera um significativo impacto econômico em vários setores.
O economista e ambientalista Sérgio Besserman, presidente do Jardim Botânico, frisa que os objetivos de planos de desenvolvimento sustentável precisam ser traçados em conjunto. Ele destaca como grande desafio do Rio a despoluição da Baía de Guanabara, porém afirma que a cidade teve avanços no que se refere a cuidados com as praias:
- O maior símbolo do nosso atraso é a Baía. Por outro lado, as praias melhoraram bastante. Os jovens podem não saber, mas, antigamente, havia as famosas línguas negras de esgoto aparecendo em várias delas quando chovia.
OS OBJETIVOS
RECICLAGEM: Aumentar para 13%, até 2020, o volume de resíduos segregados para reciclagem e compostagem na cidade.
SANEAMENTO: Aumentar para 68% a taxa de cobertura da rede coletora de esgoto com tratamento na região da Zona Oeste até o final de 2020, por meio da concessão dos serviços.
PRESERVAÇÃO: Aumentar a área protegida da cidade em 4 mil hectares.
RIOS: Implantar 6,7 quilômetros de macrodrenagem nos rios Tindiba, Grande, Covanca e Pechincha, na Bacia de Jacarepaguá, até 2019.
CONSTRUÇÃO: Emitir certificações de construção sustentável para 10% das novas edificações erguidas na cidade até 2020.
AR LIMPO: Reduzir 20% das emissões de fases do efeito estufa até 2020, em relação ao nível de emissões registrado em 2005.
LAZER: Recuperar e requalificar 500 praças.
LIMPEZA: Alcançar 70 quilômetros de margens de corpos hídricos com atividades de manutenção até 2020.
VIAS PÚBLICAS: Modernizar, em dois anos, 100% dos pontos de iluminação pública, priorizando as áreas da cidade com maiores taxas de violência em 2017.
PARQUES: Implantar um parque urbano na Zona Oeste e elaborar um plano para a criação de outros em áreas da região ambientalmente frágeis, até 2019.
ATERROS: Reduzir em 27%, até 2020, a quantidade de resíduos sólidos levados para aterros sanitários.
ALIMENTAÇÃO: Alcançar a marca de 80 toneladas de alimentos comercializados em feiras agroecológicas até 2020.
ÁRVORES NAS RUAS: Plantar 120 mil novas mudas de árvores em logradouros públicos até 2020, garantindo sua manutenção por, no mínimo, um ano.
ILUMINAÇÃO PÚBLICA: Reduzir em 40% o consumo de energia elétrica do sistema de iluminação pública carioca até 2020.
PLANEJAMENTO: Ter planos urbanísticos atualizados para pelo menos 30% da área da cidade até 2020.
sábado, 16 de junho de 2018
segunda-feira, 11 de junho de 2018
HOMENAGEANDO O MEIO AMBIENTE
Cuidar do meio ambiente é um dever diário, presente em ações como não jogar lixo no chão, preservar recursos naturais e fazer escolhas sustentáveis. Assim, garantimos a saúde do planeta para que as futuras gerações possam usufruir de cenários assim. #DiaMundialdoMeioAmbiente
segunda-feira, 4 de junho de 2018
ADMINISTRAÇÃO DESORDENADA
Ônibus no Rio: Pagaremos passagem mais cara por transporte pior.
O Prefeito Marcelo Crivella e as empresas de ônibus que atuam no Município do Rio fecharam um acordo que é de pai para filhos: O serviço deverá ficar pior, mas o preço da passagem para o cidadão vai aumentar. E muito acima da inflação.
A climatização plena da frota, que era prevista para 2016, demorará mais e só deve ser completa, teoricamente, em 2020. Os veículos serão mais velhos, podendo circular com até 9 anos de uso, 1 ano a mais do que o limite atual. Enquanto isso, o preço subirá 11%, de R$ 3,60 para R$ 4,00, o que significa um aumento 3,7 vezes maior do que a inflação medida em 2017, que foi de 2,95%. As empresas de ônibus terão um acréscimo praticamente imediato de receita de aproximadamente R$ 30 milhões, mas não há previsão de punição, por exemplo, caso a instalação de ar condicionado não ocorra dentro do prazo determinado no acordo.
O cidadão que pega 2 ônibus por dia passará a gastar em torno de 20 reais a mais por mês, 240 reais em um ano. São 1000 reais no caso de uma família com 4 pessoas. Para piorar a situação, está previsto um novo reajuste em janeiro de 2019, que deve elevar ainda mais o preço cobrado do usuário do transporte coletivo carioca, que convive diariamente com linhas que desaparecem, carros caindo aos pedaços, problemas causados pela falta de manutenção e longas esperas nos pontos de parada, especialmente no subúrbio.
Trata-se de mais uma decisão questionável e sem boas justificativas da gestão de Crivella, que está se especializando em situações polêmicas, determinações confusas e administração desordenada. O resultado é termos o cidadão pagando uma passagem mais cara por um transporte pior e a Prefeitura assinando embaixo desta contradição. Não faz sentido!
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