Esta segunda-feira foi mais um dia de nuvens negras para o governo de Sérgio Cabral. O comandante-geral da Polícia Militar foi exonerado do cargo por ter anistiado policiais militares que teriam cometido delitos de menor importância. Interpretações como esta, vindas de uma equipe que não se entende, não deveria causar espanto a mais ninguém.
Outra derrota de Sérgio Cabral nesta segunda-feira foi quanto ao Museu do Índio, já que o governador teve que ceder face às manifestações pela demolição do prédio do museu e a remoção dos índios sabe-se lá para onde.
Também nesta segunda, Sérgio Cabral anunciou que a Escola Municipal Friedenreich não será mais demolida para a conclusão obras da Copa do Mundo na região próxima ao Complexo do Maracanã. A escola é, muito merecidamente, considerada como uma das melhores do Rio de Janeiro. Na semana passada, o governador, devido às fortes pressões populares, já havia desistido de demolir o Estádio de Atletismo Célio de Barros e Parque Aquático Júlio Delamare, ambos também localizados no Complexo do Maracanã. Além disso, já foi divulgado que a privatização do Maracanã poderá ser revista.
Todas estas “desistências” do governador e mais o apelo que anteriormente havia feito pelo fim das manifestações defronte ao prédio no qual reside, no bairro do Leblon, demonstram a fragilidade com que se encontra seu governo e sua própria pessoa. Até dos helicópteros Cabral está tendo que desistir.
Porém, o que está sendo agora a maior pedra no sapato do governador é o “sumiço” do pedreiro Amarildo de Souza, que ninguém consegue saber onde está, nem que explicação dar para seu desaparecimento. Coincidentes e/ou providenciais falhas nas câmeras de vigilância instaladas nas ruas da comunidade da Rocinha ajudam a não haver, até então, uma explicação oficial sobre o caso. O fato é que as constantes manifestações de discordâncias por esta e outras situações de violência promovidas pela PMERJ, conforme diariamente denunciadas por moradores da Rocinha, dificilmente deixarão de ocorrer enquanto não houver um desfecho realista e verossímil para este caso.
Neste momento o ainda governador Sérgio Cabral tenta desesperadamente continuar em seu cargo, embora todas as setas indiquem um final que o governador já deveria ter entendido: que sua vida política chegou ao fim, já que reverter seus altíssimos índices de rejeição é tarefa mais do que impossível. Por conta disso, Sérgio Cabral é e será por muito tempo “persona non grata” nos palanques e campanhas políticas de 2014. Mas, quem sabe até lá ele não entra num dos helicópteros que tanto gosta e ruma para bem longe? É o que muita gente gostaria que acontecesse.
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