sexta-feira, 18 de outubro de 2013
PARTE DOS ELEITORES (EM GERAL OS INDECISOS) É QUE DECIDE MUITAS ELEIÇÕES!
(Mariano Grondona - La Nacion, 17) 1. Napoleão dizia que nas mochilas de seus soldados se escondia um bastão de marechal. Na eleição talvez sejam alguns pontos de diferença que farão com que alguns se sintam vitoriosos e outros derrotados. Em uma democracia, são estes alguns pontos que podem definir a diferença entre uma vitória e uma derrota, ainda que as eleições apresentem milhões de eleitores.
2. Alguns poucos eleitores, em suma, substituirão a grande maioria. É a "lógica-ilógica" da democracia. Milhões de vontades se manifestam nela. Mas apenas algumas milhares de vontades, dos eleitores indecisos, em dúvida ou marginais, realmente contam. O ideal da democracia é unanimidade. Mas ela existe apenas em situações excepcionais. Em situações "normais", ao contrário, contam, sobretudo as pequenas diferenças. As mínimas distâncias que elas marcam, definem a jornada e, talvez, definam história.
3. Com John Locke e o liberalismo político, afirma-se que não existe uma "vontade geral" e tudo o que existe são diferentes grupos que ganham ou perdem dependendo das circunstâncias, sem que nenhum deles possa reivindicar o monopólio da representação popular, porque apenas ganhará, afinal, até as próximas eleições. Esta interpretação de Locke é a de todas as constituições democráticas. Você ganha por um período, somente até o próximo mandato.
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