Professores de Meriti serão capacitados pela UFRJ para aprendizado de alunos com deficiência
Com mais de mil alunos especiais em sua rede pública de ensino, São João de Meriti assinou, nesta quarta-feira, um convênio com a UFRJ para que seus professores aprendam novas técnicas para lidar com a garotada. Além disso, a universidade federal, através do Instituto de Bioquímica, irá fazer um intercâmbio com jovens surdos que cursam o ensino médio na cidade.

— Estamos felizes por retomar a parceria com Meriti. Nós trazemos os alunos surdos para os nossos laboratórios para aprender Ciência. Ao mesmo tempo, passamos a produzir pensando neles também. É uma troca bem-sucedida — explica Vivian Rumjanek, professora do Instituto de Bioquímica da UFRJ.
Um dos focos do método de aprendizagem para as crianças com deficiência intelectual e múltipla é o esporte. Os profissionais afirmam que as atividades ajudam no desenvolvimento educacional e motor dos alunos. Por isso, a Vila Olímpica de Meriti abriu suas portas ao público. No local, estão sendo dadas aulas como basquete.
— O esporte é a maior forma de inclusão. Temos a visão errada de que quem é deficiente não pode jogar basquete, por exemplo. Estamos mostrando que é até importante para eles — diz Raphael Régis, subsecretário municipal de Esportes.
Projeto com a Apae
Para marcar a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, a Prefeitura de São João de Meriti também firmou uma parceria com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Os alunos da instituição poderão usar a Vila Olímpica da cidade livremente todas as sextas-feiras.

— Acertamos também a parceria da Apae com a nossa área esportiva. Vai ser um estímulo muito grande. O mais importante disso tudo é mostrar que o aluno especial é capaz — afirma Bruno Correia, secretário municipal de Educação.
O convênio com a Apae e a UFRJ foi inspirado num modelo de sucesso da Escola municipal Professora Mariza Catarino. A unidade é especializada na formação educacional de autistas e crianças que tiveram microcefalia. Seu corpo docente passou por capacitação para isso.
— Temos mais de 230 alunos com necessidades especiais. Nossos professores trabalham com um currículo funcional que procura desenvolver a habilidade motora, social e de linguagem deles — comenta Ronaldo de Souza, professor e diretor da Mariza Catarino.
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