Como não se identificar com a dor das mães que perdem seus filhos, sem razão e sem motivo? É de enlouquecer mesmo.
A solidão dessas mães deveria nos unir para exigir das autoridades providências urgentes no sentido de impedir que armas entrem ilegalmente pelas fronteiras do nosso país de dimensões continentais. Esqueçam as drogas, pensem apenas em estratégias para impedir que artefatos mortíferos transformem as cidades brasileiras em praças de guerra. Será que estamos simplesmente anestesiados? Não seria a hora de sair às ruas exigindo um plano de segurança claro e objetivo?
Não é falta de conhecimento, é falta de vontade política. Há pessoas que sabem como fazer. Estudiosos que há anos pesquisam e têm soluções. Por que não são mobilizados? Onde está José Mariana Beltrame que sempre disse que era essencial para a paz um programa de controle das fronteiras. E isso é papel do Governo Federal, é papel das Forças Armadas, significa a segurança da nação brasileira.
Compartilho a dor das mães solitárias, carregando o caixão de seus filhos, e tenho medo. O medo que tenho certeza está no coração e na alma de todas as mães brasileiras, pobres e ricas, brancas e negras cujos filhos estão à mercê das famosas balas “perdidas” ou até mesmo achadas. Balas que nunca deveriam atingir o coração de nenhum jovem seja ele bandido ou trabalhador. Balas que não deveriam existir e que devem ser destruídas antes de chegarem aos canos de fuzis e armas usadas por gente do mal e mal treinadas.
O Rio de Janeiro está ameaçado. É preciso, porém, não perder a esperança e lutar para que diminua a violência nos bairros pobres e na cidade outrora maravilhosa. Nada de enfrentamento da violência com mais violência. Nada de tiro a esmo. O que vale é a inteligência e a busca de constranger o mal com estratégias seguras.
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