Taxação no Brasil é maior em consumo.
Na contramão do mundo, o Brasil tem sua carga tributária maior em consumo do que em renda e patrimônio. De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), nós pagamos hoje 63 tributos entre impostos, taxas e contribuições.
Segundo levantamento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) a participação dos impostos sobre consumo na arrecadação tributária no Brasil, cerca de 65%, está muito acima da média mundial, que é em torno de 35%.
De acordo com a OCDE, os impostos sobre o consumo no México equivalem a 54% da arrecadação; no Chile, 52%; no Japão, 18%; e nos Estados Unidos, 17%.
A injustiça na carga tributária do Brasil no consumo mostra-se principalmente em produtos essenciais no dia a dia, como água, alimentos, produtos de higiene e medicamentos. Pessoas que ganham um salário mínimo mensal e pessoas que ganham R$ 100 mil pagam a mesma quantidade de impostos na hora de consumir um determinado produto, mesmo que seja algo essencial, como um remédio. O problema disso é que uma pessoa com um salário mínimo acaba gastando uma quantidade muito maior da sua renda com itens mínimos para sua sobrevivência.
E como se não bastasse ter uma das maiores cargas tributárias sobre medicamentos do mundo, vem mais um aumento no valor dos remédios a partir de 31 de março. O reajuste médio autorizado pelo governo federal para os preços de medicamentos em 2018 é de 2,43%, segundo o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma).
Desde 2015, o governo já aumentou impostos 12 vezes no Brasil. E o pior: entre os países com as maiores cargas tributárias do mundo, nós somos o país com o pior retorno em serviços públicos.
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