O Dia Mundial da Boa Ação. Hoje, dia 26 de abril, está sendo comemorado em todo o mundo o Dia da Boa Ação, um incentivo às pessoas de todas as sociedades a dedicarem um pouco do seu tempo a ajudar aos outros. Não necessariamente com dinheiro ou coisas, mas, essencialmente, com atenção e espírito de solidariedade. Vale apenas um gesto, uma cortesia no dia a dia ou mesmo pagar um bilhete de ônibus para alguém.
A data começou ser homenageada em 2007 na Austrália. A chamada “Corrente do Bem” nasceu de uma ideia da autora Catherine Ryan Hyde, em seu livro chamado Pay it Forward (algo como “passe adiante”). No livro, a autora sugere que as pessoas conseguem transformar o mundo ao seu redor com solidariedade, compreensão e cortesia.
É o nosso “gentileza gera gentileza”. A ideia é que cada um “passe pra frente” a gentileza recebida, sendo solidário com mais três outras pessoas, e assim sucessivamente.
O valor da solidariedade é uma preocupação antiga das sociedades. Vem desde o “mitzvá” judaico, termo que significa “mandamento”, mas que também vem a expressar qualquer ato de bondade humana. Passa pela famosa Lei dos Pobres (Poor Law), editada em 1601, na Inglaterra, que impunha às paróquias a obrigação de socorrer os infortunados de sua jurisdição, arrecadando, para tanto, taxas dos respectivos membros. E chega nas atuais campanhas de fraternidade da igreja católica.
Segundo Leonardo Elói, do movimento Meu Rio e um dos coordenadores da “Corrente do Bem”, para este ano, espera-se contabilizar no site do evento mais de 10 mil ações “do bem”, nos quase 50 países participantes.
Do ponto de vista da cidadania, o sucesso dessa corrente é inspirador pois, como temos observado algumas vezes neste espaço, significa que temos cada vez mais cidadãos dispostos a participar de algum tipo de transformação no mundo. Ainda em simples ações de solidariedade, mas com certeza em breve conscientes de sua função maior, a responsabilidade cidadã de se interessar pelo bem coletivo e pela moralidade política. Afinal, a plena cidadania envolve fiscalizar mandatos e a execução dos orçamentos públicos, além de cobrar dos governantes a ética e a moralidade que seus cargos exigem. E sempre incentivando outros cidadãos a fazer o mesmo.
Assim, estamos observando o que pode ser o nascimento de um novo tipo de cidadão, o ING, indivíduo não-governamental, atuante, crítico em relação aos governantes e sempre disposto a usar de sua influência para dar o exemplo ao resto da sociedade.
E você, já praticou seu ato de solidariedade hoje?
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