sábado, 13 de julho de 2013
PORTANTO, REDES SOCIAIS E INDIGNADOS EXISTEM NO BRASIL!
1. Em 19 de julho este Ex-Blog postou a seguinte nota, a seguir resumida. "Num artigo do correspondente do El País no Brasil, pergunta por que não há 'indignados' por aqui, fazendo referência ao que ocorre em outros países. Colunistas e analistas entraram no debate e quase todos explicaram esta hipotética passividade pela estatização dos movimentos sociais e sindicatos a partir do governo Lula. Isso, no máximo pode explicar a passividade destes grupos, da chamada sociedade civil organizada."
2. "Uma preliminar seria perguntar se a hipotética passividade existe mesmo no Brasil. A resposta é NÃO. E há exemplos de sobra. O caso dos Bombeiros do Rio é um deles. Um típico movimento que começa e cresce pelas redes sociais, e vai as ruas e se amplia. Os institutos de pesquisa em universidades dos EUA mostram que a grande sinergia se dá quando internet e TV convergem num mesmo fato."
3. "Não há que se imaginar que os indignados só têm expressão quando reúnem milhares de pessoas. Isso não é assim. Quando as redes sociais ativam um tema, propagam e esse finalmente chega à imprensa, ganha expressão através dessa e impacta a opinião pública, o processo é o mesmo. As redes sociais multiplicam os 'tipping points' ou pontos de deflagração de processos. "
4. Alguns dias depois, este Ex-Blog postava outra nota dizendo que "As redes sociais atropelam a sociedade civil organizada. Um acompanhamento cuidadoso das mobilizações ocorridas nos países árabes e na Europa, que vem sendo acunhadas de 'os indignados', mostra a completa ausência indutora de sindicatos, associações locais ou profissionais ou partidos políticos. Essas mobilizações têm como vetores indutores as redes sociais, as mídias sociais."
5. Ou seja: a chamada 'sociedade civil organizada' perdeu sua capacidade de mobilização e liderança, vis a vis as redes sociais. Isso vale também para os partidos políticos, que se fossilizam exclusivamente na atividade parlamentar e falam para eles mesmos e para os meios de comunicação. As mobilizações ativadas pelas redes sociais no dia 7 de setembro mostraram que aqueles analistas, jornalistas não tinham razão.
6. Com a entrada da imprensa, especialmente da TV, nas mobilizações via redes sociais no dia 7 de setembro e a convocação de novas mobilizações, se entra no Brasil no que pesquisadores nos EUA chamam de 'marketing de grande semeadura' com a sinergia TV-Internet.
7. Com isso, se entra no Brasil em outro patamar de mobilização via redes sociais. E, daqui para frente, esse processo será natural, com adesão e multiplicação crescentes. Ou os partidos, sindicatos, associações se ajustam aos tempos e sem pretensões hegemônicas -pois as redes sociais são horizontais- ou se tornarão irrelevantes -politicamente.
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