terça-feira, 5 de novembro de 2013

RJ: PERIMETRAL E IRRESPONSABILIDADE METROPOLITANA DE CABRAL!

                            Eu Arthur da Costa tirei esta foto no ultimo sabado dia 02/11/2013(perimetral)
1. Tanto a prefeitura como a imprensa carioca vêm sublinhando que derrubar o viaduto da perimetral é básico para o programa de revitalização da área portuária. Pode ser, numa visão micro e para acelerar a ocupação por edifícios de escritórios com valorização do solo pela visão da paisagem.
     
2. Mas as repercussões, especialmente metropolitanas, sequer foram abordadas, apesar de tudo o que se alertou. A irresponsabilidade municipal urbana, hoje, é conhecida. Mas a omissão estadual não fica atrás. Os eixos viários do Rio eram estaduais até 1993, Perimetral entre eles. A municipalização começa nesse ano por decretos do governador Brizola e conclui em 2007 com a Linha Vermelha, em ato do governador Cabral. Mas ficou claro e dito que a gestão da prefeitura para a qualificação e manutenção desses eixos não poderia interferir nas conexões intermunicipais sem aval e participação do Estado.
     
3. O anúncio da demolição da Perimetral foi feito em 2009, 4 anos atrás. Ninguém pode dizer que não sabia. Como prefeito e governador se jactam da intimidade, é claro que a decisão de demolir a perimetral por razões metropolitanas reforçadas pela intimidade entre os dois governos foi feita a 4 mãos: Cabral e Paes.
      
4. Uma vez iniciada a demolição, o diretor do Detro -estadual- lavou as mãos: vai ser o caos. O governador manteve-se omisso ou conivente. Como quase sempre. O prefeito, irresponsavelmente, em vez de fechar e testar com estudos de simulação, como dizia, mandou demolir parte, "queimando navios", para a alegria da especulação imobiliária.
       
5. O Centro do Rio tem atividade nuclear para todos os municípios metropolitanos. A população flutuante metropolitana que se desloca à Capital para trabalhar, buscar os serviços judiciais, serviços de saúde, comércio e entretenimento é estimada em 2 milhões de pessoas em dias úteis.
       
6. O governador se omitiu e os prefeitos sequer foram consultados. Que usem as barcas, que usem os trens, que busquem o entorno e se tudo der certo, serão apenas mais 30% no tempo dos deslocamentos, disseram as autoridades responsáveis (?) da capital. O prefeito incorporou Maria Antonieta: “Não tem pão? Comam brioches!”, insinuou de forma debochada. E ainda tirou foto em cima do trecho derrubado. Um Photoshop colocou uma coroa de louros em sua cabeça com a descrição: Nero assiste a capital queimando.
        
7. O mínimo que se espera do governador Cabral é chamar a si a responsabilidade de coordenação metropolitana, por dever de ofício e responsabilidade com quase 80% da população do Estado que deveria governar. Que o faça. Pelo menos para constar.

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