quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

IPK CRESCE 150% EM DOIS ANOS E COBRE AUMENTO DE CUSTO DOS ÔNIBUS NO RIO! NÚMEROS OFICIAIS!

1. No fim de dezembro este Ex-Blog postou nota questionando o aumento do preço das passagens de ônibus na cidade do Rio em 2014. Se os custos (combustível, pessoal, materiais...) cresceram na media da inflação, por outro lado, a prefeitura vem adotando medidas que aumentam o IPK (índice de passageiros por KM). O reajuste da tarifa, como se sabe, é uma multiplicação dos custos pelo IPK. 
        2. Medidas como BRT, corredores exclusivos, proibição de vans, corte de linhas, etc., aumentam o número de passageiros nos ônibus e, portanto, o IPK.          3. Em 25 de junho de 2013, o vereador Cesar Maia apresentou, à prefeitura do Rio, Requerimento de Informação pedindo os dados oficiais sobre o IPK nos últimos anos. A secretaria municipal de transportes informou no segundo semestre e, finalmente, o gabinete do prefeito encaminhou a resposta agora em janeiro de 2014.         4. Os números informados -oficialmente- deixam de forma absolutamente transparente o enorme crescimento do IPK entre 2011 e 2013. O IPK dos Passageiros Pagantes em 2011 era 0,548. O IPK dos Passageiros Pagantes em 2012 passou a 1,177. Finalmente, o IPK dos Passageiros Pagantes em 2013 (medido até a metade do ano) atingiu 1,356.          5. Dessa forma, o IPK cresceu 147%, praticamente 150%, confirmando os estudos que este Ex-Blog realizou e divulgou. Então, antes de qualquer precipitação para aumentar a tarifa de ônibus, a prefeitura do Rio deve demonstrar que o crescimento do IPK não foi suficiente para cobrir o aumento dos custos.         6. De qualquer maneira, seria um absurdo reajustar as taifas pela inflação. Mais provável é que o crescimento do IPK tenha coberto o aumento dos custos, tornando desnecessário o aumento das tarifas.         7. Em outro Requerimento de Informação, o vereador Cesar Maia perguntou a que valor os 20 centavos não reajustados em junho corresponderia em faturamento das empresas de ônibus. A resposta foi: corresponderiam a R$ 180 milhões em 2013. Numa conta simples, dividindo a tarifa de 2,75 pelos 0,20 centavos e multiplicando pelos 180 milhões correspondentes aos 20 centavos, concluiríamos que o faturamento das empresas de ônibus em 2013 seria de pelo menos 2 bilhões e 475 milhões de reais.          8. Esse número fica abaixo do projetado para 2013, multiplicando a tarifa pelo número de pagantes (pelo menos 960 milhões no ano), o que daria R$ 2,6 bilhões, supondo que todas as tarifas fossem a básica, o que não é verdade. Ajustando em 15% para uma tarifa média,  chegaríamos a um faturamento do sistema de, pelo menos, R$ 3 bilhões.

Um comentário:

  1. Meu caro Arthur, essa planilhas de custo são uma verdadeira caixa-preta das empresas de ônibus. Todos os governantes que passaram pela prefeitura nunca tiveram a coragem de enfrentar o poder da Fetransporte. Minto, teve um, o senhor Leonel de Moura Brizola. Porém, foi sabotado de todas as formas possíveis. Porque enfrentou forças poderosíssimas. A luta é árdua, mas não deve parar.

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